História - O melhor do bairro de Alphaville, Alphaville, SP

A História de AlphaVille

 

O terreno de 500 hectares comprado em Barueri, em 1973, foi o ponto de partida para o surgimento de uma concepção inovadora de empreendimento. Inicialmente desenvolvido como um novo modelo de loteamento voltado a indústrias não-poluentes, AlphaVille logo transformou-se em um conceito muito mais abrangente. Criando um verdadeiro complexo urbanístico na região metropolitana de São Paulo, AlphaVille tornou-se sinônimo de um estilo de vida diferenciado, que conquistou o Brasil e chegou ao exterior.

A idéia de construir um centro industrial para empresas não-poluentes dominou o encontro entre três engenheiros e um advogado numa cada de Alto de Pinheiros, há 32 anos. Convidado pelo engenheiro Célio Sampaio de Freitas, por intermédio do seu colega de Politécnica Luiz Carlos Pereira de Almeida, o engenheiro Renato de Albuquerque conheceu Padu, Antônio Pádua Pereira de Almeida, advogado e representante de um grupo de herdeiros do Conde Álvares Penteado, interessados em vender parte da Fazenda Tamboré, em Barueri.

A idéia era interessante e o preço pedido estava de acordo com o mercado, conta Renato de Albuquerque, na época diretor superintendente da Albuquerque, Takaoka. Mas nem de longe ele podia imaginar que aquela curta reunião era o começo de um dos mais notáveis empreendimentos do país.

“Não havia ainda qualquer intenção de se construir um empreendimento residencial, muito menos de se fazer os 14 residenciais e toda a estrutura que viria depois. “O nome AlphaVille foi sugerido por José Almeida Pinto, sócio de Reinaldo Pestana, os dois arquitetos que participaram da elaboração do projeto urbanístico. Ele se inspirou no filme “Alphaville”, de Jean-Luc Godard, e lembrou que o nome seria forte, pois em qualquer idioma se pronuncia da mesma maneira.

A intenção inicial era formar um centro para indústrias não-poluentes, em terrenos com toda a infra-estrutura necessária – rua asfaltada, água, luz, telefone, etc., “coisa que então, nos idos de 1970, ainda não existia”, diz Albuquerque.Renato de Albuquerque começava a vencer os primeiros desafios para alcançar o seu grande objetivo.

Com ele estava Yogiro Takaoka, amigo e sócio desde o tempo da Faculdade Politécnica. Os dois traziam a experiência de uma empresa com sucesso na realização de obras públicas e na construção de prédios em São Paulo.
O segredo desse sucesso era o jeito de trabalhar, dividindo as atribuições e respeitando as decisões durante os 44 anos em que trabalharam juntos. Quando construíam, por exemplo, era Albuquerque quem comprava o terreno e cuidava da infra-estrutura. Cabia a Takaoka o acabamento do prédio e sua entrega aos compradores.

Ao mesmo tempo em que resolvia as questões de infra-estrutura, Renato de Albuquerque discutia o modelo de contrato que seria proposto às empresas interessadas em se instalar em AlphaVille. As discussões ainda estavam em andamento em 1973, quando o engenheiro americano Skip Law, representante da Hewlet Pachard (HP), demonstrou interesse pela área.

“Ele disse que tinha sobrevoado a região, tinha achado interessante o local, e me perguntou o que eu ia fazer ali. Eu expliquei, e ele me perguntou: vocês não estão pensando que, além de indústrias, podem ser instalados escritórios?” Albuquerque não havia imaginado que AlphaVille, a 23 km do centro de São Paulo, pudesse interessar a um escritório. Law disse que a HP compraria um lote, desde que a Albuquerque, Takaoka tomasse cuidado na definição das regras do novo negócio.

Assim nascia o embrião do conceito AlphaVille de ocupação ordenada. A instalação de uma multinacional mudou o conceito e até o nome de AlphaVille, que passou de AlphaVille Centro Industrial para AlphaVille Centro Industrial e Empresarial. Depois da HP, chegaram a AlphaVille empresas como Sadia, Du Pont e Confab.

E foi por causa dos seus executivos, que precisavam morar perto do local de trabalho, que surgiu o AlphaVille Residencial, em 1975. Um sucesso tão grande, que logo ficou claro que a parte residencial era tão ou mais importante que a empresarial. “AlphaVille era a melhor resposta para quem queria um local tranqüilo para a família, com toda a infra-estrutura urbana. Logo vieram outros Residenciais e, então, o primeiro ganhou a designação Residencial 1”, explica Renato de Albuquerque.

“Com o tempo, fomos aprimorando o nosso conceito, melhorando nossos contratos, e criamos o nosso modelo de autogestão, filosofia que norteia os empreendimentos AlphaVille.” Já no início da década de 80, o número de empresas que se instalaram na região era tão grande, que gerou demanda de apartamentos em AlphaVille, para onde se mudaram profissionais liberais e altos funcionários de empresas da região que antes moravam em São Paulo.

Conseqüentemente, cresceu a demanda por comércio e serviços. Criada em 1980, a área comercial se desenvolveu nos cinco anos seguintes para melhor atender os moradores e ainda a quem trabalha na área empresarial. Atualmente, trabalham e circulam por AlphaVille cerca de 150 mil pessoas por dia.

Apesar de estar localizada numa área enfiteuta este detalhe desconhecido por muitos não afetou o desenvolvimento pois o modelo implantando agradou em cheio e hoje faz parte de muitos estados Brasileiro, e também no exterior como Portugal.

Matéria extraída do site: www.alphaville.com.br