História - O melhor do bairro de Centro, São Gonçalo, RJ

 História

Em 6 de abril de 1579, o nobre Gonçalo Gonçalves recebia do Governador da Capitania do Rio de Janeiro a sesmaria localizada às margens do rio Imboaçu, e teria o dever de construir uma capela e um povoado no período de três anos. Ele construiu uma capela com o santo de sua devoção - São Gonçalo D"Amarante. Contudo, esta data é imprecisa, sendo alvo de debates entre historiadores da cidade.
Presume-se que o local tenha sido onde hoje está a Igreja Matriz de São Gonçalo, no bairro Zé Garoto. A praça Stephanea de Carvalho (popularmente conhecida como Praça do Zé garoto) seria o Marco-Zero da cidade, pois a vila de São Gonçalo existia aonde agora está o bairro homônimo.
Nos seus inícios, no século XVI, a região onde está São Gonçalo era habitada pelos índios Tupinambás, na região de Itaóca. Seu desmembramento, iniciado no final do século XVI, foi efetuado pelos jesuítas que, no começo do século XVII, instalaram uma fazenda na área conhecida como Colubandê, às margens da atual rodovia RJ-104. A sede da fazenda foi preservada e hoje é sede do batalhão de policia florestal da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1646, foi alçada à categoria de paróquia, já que, segundo registros da época, a localidade-sede ocupava uma área de 52 km², com aproximadamente seis mil habitantes, sendo transformada em freguesia. Visando a facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi posteriormente transferida para as margens do Rio Imboaçu, onde foi construída uma segunda capela, monumento atualmente restaurado. O conjunto de marcos históricos remanescentes do século XVII inclui a fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança, em Ipiíba, e a propriedade do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno. A capela de São João, Porto do Gradim, e a Fazenda da Luz, em Itaoca, são lembranças de um passado colonial em São Gonçalo.
Em 1860, 30 engenhos já estavam exportando através dos portos de Guaxindiba, Boaçu, Porto Velho, e Pontal de São Gonçalo. Dessa época, as fazendas do Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde de Baurepaire Rohan, na Covanca (1820), são os elementos mais importantes. São gonçalo contava até o século XX com cerca de 12 portos que exportavam produtos do Estado para a Corte.
Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado de Niterói, através do decreto estadual nº 124. Em 1892, o decreto nº 1, de 8 de maio, suprime o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo decreto nº 34, de 7 de dezembro do mesmo ano. Em 1922, o decreto 1797 concede-lhe novamente foros de cidade, revogada no em 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila. Finalmente, em 1929, a Lei nº 2335, de 27 de dezembro, concede a categoria de cidade a todos as sedes do município.
A partir de então 1929, o Município de São Gonçalo, inicia, de forma mais tranqüila, sua trajetória rumo ao progresso e ao sucesso.
Em 1943, ocorre nova divisão territórial no estado do Rio de Janeiro e desta vez, São Gonçalo perde o Distrito de Itaipu para o município de Niterói, restando-lhe apenas cinco distritos, quais sejam: São Gonçalo (sede), Ipiíba, Monjolo, Neves e Sete Pontes que permanecem até os dias atuais.
Neste mesmo período, nas décadas de 1940 e 1950, inicia-se a instalação, em grande escala, de grandes fábricas e industrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais importante do Estado, o que lhe valeu o apelido de "Manchester Fluminense", pois não havia nenhum desempregado na cidade.
[editar] Setor industrial
Em 17 de abril de 1925, a Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas - CBUM, instala-se no município, posteriormente esta usina foi incorporada ao grupo HIME. O grupo HIME, além da fundição e da cerâmica, desenvolvia a produção de fósforo da marca "SOL" , com uma fábrica denominada "Companhia Brasileira de Fósforo", que funcionava dentro de sua área metalúrgica. O HIME, também, mantinha na Rua Dr. Alberto Torres, uma escola primária, dirigida pelo prof. Êneas Silva e uma escola de Corte e Costura. Criou o Campo do Metalúrgico, que deu grande impulso e incentivo ao esporte no município. A construção de vilas operárias em terras desta companhia, para seus funcionários, também, não pode ser esquecida. Atualmente, o HIME foi adquirido pelo Grupo Gerdau.
Em 2 de dezembro de 1937, é a vez do gaúcho José Emílio Tarragó, fundar com a razão social "Tarragó, Martinez e Cia Ltda." a futura industria de conservas de peixe Coqueiro. A posterior mudança do nome da empresa, deveu-se a mudança do ramo de negócio. A primeira atividade desta indústria era uma fruta doce/azeda chamada tamarindo. Porém, ao mudar de ramo, para o de conservas de peixe, a indústria teve que mudar de nome. A nova empresa prosperou e a marca Coqueiro, projetou-se nacional e internacionalmente. Em 1973, o Grupo Quaker, comprou a fábrica e consolidou a marca Coqueiro, além de ampliar sua tradicional liderança no mercado.
Em 9 de fevereiro de 1941, José Augusto Domingues, funda a Fábrica de Artefatos de Cimento Armado, produzindo paralelepípedos e meios-fios.
Em 5 de outubro de 1941, instala-se no distrito de Neves, a Indústria Reunidas Mauá, que produzia vidros e porcelanas.
Em 16 de novembro de 1941 é fundada a Companhia Vidreira do Brasil - COVIBRA. Foi a primeira no Brasil e a maior na América do Sul, no fabrico mecânico de vidro plano, com exportação para o Egito, Índia, China e África do Sul. Com o tempo mudou de proprietários e de nome para VIDROBRÁS e, atualmente, ELECTROVIDRO. A matéria-prima desta indústria provinha de Maricá.
Em 22 de novembro de 1941, instalava-se a Fábrica de Enlatados de Sardinha Netuno, próxima ao Porto do Gradim.
Em 10 de maio de 1942 é fundada a Fábrica de Fogos Santo Antônio, localizada na Rua Oliveira Botelho nº 1.638, em Neves.
No período da Segunda Guerra Mundial, São Gonçalo, cresceu de forma meteórica. Com as grandes fazendas, sendo desmembradas em sítios e chácaras, mão-de-obra barata e abundante, grandes áreas, além da proximidade com as então capitais federal (cidade do Rio) e estadual (Niterói), o que facilitava o escoamento da produção, São Gonçalo tornou-se solo fértil ao desenvolvimento.
No governo de Joaquim de Almeida Lavoura, o município teve sua grande arrancada para a urbanização, com calçamento das principais vias, ligando Niterói ao Alcântara, passando pelo importante bairro Parada 40.
Lavoura, como é mais conhecido, governou São Gonçalo por três vezes (de 31 de janeiro de 1955 a 20 de janeiro de 1959, de 31 de janeiro de 1963 a 30 de janeiro de 1967 e de 31 de janeiro de 1973 a 12 de agosto de 1975).

Atualmente, São Gonçalo vive um momento de euforia com o anúncio da construção do que será a maior e mais complexa refinaria brasileira em Itaboraí, município vizinho, o que trará muitos investimentos e empregos para a cidade. Há também a promessa de contrução de uma estação das barcas na praia das pedrinhas e construção de uma linha de VLT que cortaria toda cidade ligando-a com Niterói e Itaboraí, mas ambos os projetos ainda são vistos com muita desconfiança pela população gonçalense.

Gonçalenses famosos e seus bairros de origem

Cláudia Leitte - cantora, ex-vocalista do Babado Novo, nasceu no Porto da Pedra.

Altay Veloso - compositor.

Zizinho- Jogador do Flamengo,São Paulo, Bangu, Colo-Colo, e da Seleção) nasceu no bairro de Neves.

Jessé (cantor), nasceu no Mutuá.

Edmundo (jogador) - Nasceu no Marimbondo.

Cláudio Zolly (cantor)- Nasceu no Barro Vermelho , ele namorava uma garota do Grupo Jovem da Igreja de SãoGonçalo.

Selma Reis (cantora e atriz).

Márcia Cabrita - (atriz).

Helton - Nasceu no Alcântara.

Alex - Nasceu no Engenho Pequeno.

 • Altair (ex-jogador do Fluminense) - Nasceu no Mutondo.

 • Roberto Miranda (jogador do Botafogo).

Ronaldo Torres (jogador do Flamengo).

Jean (Ex-Flamengo, Fluminense e Corinthians, atualmente no Vasco da Gama) - Nasceu no bairro de Vila Lage.

Ibson(Flamengo) - Nasceu em Santa Catarina.

Ian Negão (Empresário)- Dono da Cleyton Productions.

Diego(Flamengo) - Nasceu em Santa Catarina.

Luiz Henrique (Flamengo) - Nasceu no Mutuá.

Luiz Alberto - (zagueiro, atualmente no Fluminense).

Fafy Siqueira (atriz) - Nasceu no Alcântara.

Sylvio de Mattos - (Presidente da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil).

Getúlio Vargas - (goleiro do Flamengo).

Claudinho e Buchecha - (cantores e compositores) - naturais do bairro Boaçu.

Zé Canuto - (saxofonista)de renome internacional, solista do conjunto da cantora Gal Costa).

Faustino Silva - (maestro, professor musical, escultor)