História - O melhor do bairro de Ermelino Matarazzo, São Paulo, SP

História

São Paulo, capital do estado homônimo.
É cortado pela linha 12 da CPTM e possui duas estações (USP Leste e Comendador Ermelino), abriga o Parque Ecológico do Tietê, além de um campus da Universidade de São Paulo recém-construído. Faz divisa com o município de Guarulhos ao norte.
O distrito de Ermelino Matarazzo totaliza uma área de 8,70 km² e integra em seu teriitório a Macrozona de Proteção Ambiental e a Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana. Ainda dentro do território de Ermelino Matarazzo encontra-se a sub-bacia do córrego Mongaguá, da qual fazem parte os córregos Ponte Rasa, Franquinho e o próprio Mongaguá, que deságua no Rio Tietê.
Aspectos econômicos
De acordo com informações do censo demográfico de 2007, o distrito possui 206.470 habitantes, e atualmente apresenta redução da taxa de crescimento. 66% da PEA possui rendimentos médios e baixos, e 97,3% dessas pessoas trabalham fora do distrito. O IDH (Índice de Desenvolvimento humano) e considerado elevado . Também merece destaque o fato de que 26,6% das famílias são chefiadas por mulheres, um índice que vem aumentando a cada ano.
Predominam como atividade econômica da região o comércio e os serviços, concentrados sobretudo nas avenidas São Miguel e Boturussu, Paranaguá e Prof. Antônio de Castro Lopes, Olavo Egídio de Sousa Aranha, entre outras.

População 206.470 hab (2007
Densidade 12.280 hab / km2
Renda Média R$ 822,70
IDH 0,801 / elevado
Subprefeitura Erm. Matarazzo
Região ADM. Leste 1
Área Geográfica 3

 

Os bairros formados ao longo das margens do rio Tietê foram povoados na mesma época. É o caso de São Miguel Paulista, Lageado e Ermelino Matarazzo. Consta em alguns registros que foram fundados praticamente juntos quando os jesuítas comandados pelos padres José de Anchieta e Manoel da Nóbrega saíram a catequizar os indígenas da região.
Lentamente, como de outras vezes no desenvolvimento paulistano, a região foi transformada em fazendas, sítios e grandes chácaras. E somente a partir do século 19 e início do 20 experimentou um crescimento com a chegada dos imigrantes portugueses e italianos.
Em fevereiro de 1926 foi fundada a estação ferroviária. Em 1941 veio a implantação de uma grande fábrica das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. A partir daí veio o progresso, e o bairro expandiu-se para ser o que é hoje.
Seu nome vem de um dos filhos do Conde Francesco Matarazzo. Aliás, a família Matarazzo tinha na região uma extensa área de terras, e delas algumas se tornaram grandes bairros. Ermelino Matarazzo guarda relíquias do tempo da colonização como, por exemplo, a Casa da Moenda no Sítio Piraquara do século 16, construída pelos índios com taipa - único material que conheciam. O casarão guarda também peças de engenho e de um alambique.
Nos imensos espaços vazios surgiram muitos bairros a partir de 1940.

Parque Boturussu
Parte da fazenda do dr. Heitor Freire de Carvalho que a adquiriu de Miguel Costa. Os lotes foram vendidos pela imobiliária de Luis Lemes de Macedo, que deu o nome indígena ao pequeno loteamento. Boturuçu ou Boturussu (ybytyr-ussu) segundo o dicionarista de tupi Luis Carlos Tibiriçá, significa "montanha grande".

Vila Císper
Nos primeiros meses de 1947 a empresa Císper, fundada no Rio de Janeiro em 1917 pelos engenheiros Olavo Egídio de Souza Aranha e Alberto Monteiro de Carvalho, começou a construir a sua fábrica aqui em São Paulo. A empresa produzia garrafas em série, uma grande novidade na época. O local escolhido foi a zona leste da Capital devido à abundância de mão-de-obra e terrenos a baixo preço. Em outubro de 1949 inaugurou-se a fábrica em São Paulo com três máquinas, produzindo vidro na cor verde para Companhia Antarctica Paulista. No entorno da fábrica os terrenos foram vendidos e pequenos loteamentos surgiram. Nasceu o bairro de Vila Císper.

Bairros no distrito de Ermelino Matarazzo: Ermelino Matarazzo, Jardim Belém, Jardim Matarazzo, Jardim Verônia, Parque Boturuçu, Parque Guedes, Vila Robertina, Vila Paranaguá, Vila Císper.


Fonte:
Livro: Bairros Paulistanos de A a Z
Autor: Levino Ponciano
Editora Senac São Paulo
Outubro de 2001