História - O melhor do bairro de Centro, Igarapé, MG

História


A atual cidade de Igarapé teve suas bases iniciais de ocupação do território no "garimpo de ouro" no distrito de São Joaquim de Bicas e posteriormente na agropecuária. Para estabelecermos, sem margem de erros, as origens de uma cidade, devemos tomar como base fatos reais e não simplesmente pessoas. Certamente centenas de anos antes, por aqui já existiam fazendas e diversas famílias com residências fixas.Com base em documentos podemos afirmar que por volta de 1830, já existia muita gente vivendo no próprio local que seria mais tarde o Barreiro e ,posteriormente, a cidade de Igarapé. Mas estas pessoas nada fizeram de notável para que delas tivéssemos sólidas lembranças. Suas principais ocupações eram o trabalho rotineiro na fazenda e o objetivo que tinham em mente era o desenvolvimento econômico de seu próprio negócio. Ninguém, talvez, tivesse sequer o pensamento de construir algo em benefício comum, por exemplo, a construção de determinado trecho de estradas que favorecesse o transporte entre as fazendas. Cada um se preocupava consigo mesmo, sem se importar com o crescimento do lugar. Portanto, a idéia de que a origem da cidade remonta a estas antigas fazendas aqui existentes, não pode ser tomada como o marco da fundação de Igarapé. Afinal, naqueles tempos, ninguém antevia a possibilidade de vir a ser aquele lugar, a cidade que hoje vemos. Em 1880, quando o distrito de São Joaquim de Bicas entrava na sua fase de florescência, com a igreja, vigário e até Cartório de Paz, o Barreiro era constituído apenas por fazendas e fazendeiros. Aliás, é provável que nem o nome Barreiro já tivesse sido dado ao local, pois, só em 1894 encontramos em documentos o nome Barreiro. Já nessa época encontramos aqui diversas famílias que teriam sido alicerces sobre a qual se solidificou a cidade. A divisão de 1911 foi outro fato importante para o progresso. O Barreiro que era constituído de velhas fazendas, e, conforme já foi dito, tornou-se um lugar cobiçado por centenas de pessoas. Daí nasceu a necessidade de se criar casas comerciais e a construção de uma capela maior.

Criação do município


Em 1931 foi criado o distrito pela lei n.º 50 Ainda em 1931, o decreto n.º 10.002, de 30 de julho transferiu a sede do distrito de São Joaquim de Bicas para o povoado do Barreiro, com o nome de Igarapé. Pertencia ao município de Pará de Minas. O decreto lei n.º 148 de 30 de dezembro de 1938, transferiu o distrito de Igarapé do município de Pará de Minas para o de Mateus Leme. A luta travada por Miguel Henriques da Silva e outros em 1958,em prol da emancipação política do município, viu nascer seus frutos quando a 30 de dezembro de 1962, a Assembléia Legislativa do estado de Minas Gerais aprovou a Lei n.º 2764, criando o município de Igarapé. Igarapé ficou pertencendo ao município de Mateus Leme até 1963, época em que foi instalado o município de Igarapé.. O município de Igarapé foi oficialmente instalado no dia primeiro de março de 1963, em sessão solene, realizada sob a presidência do Senhor Murilo de Oliveira.

Alexandre Nunes


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Pode-se garantir que as origens de Igarapé são bem anteriores à época em que viveu Alexandre Nunes. Entretanto, o povo o consagrou fundador da cidade. Para todos é ele o principio de tudo, pelo menos, na opinião de muitos, pois que antes dele outras famílias habitavam o local e, talvez nem queriam se estabelecer em outro municipio. Seu nome é decantado por todo o povo como o fundador da cidade e este povo lhe atribuiu algo que talvez nem mesmo ele tivera a intenção de fazer. Tornou-se Alexandre, personagem misterioso, quase fantástico; muitos o conhecem, entretanto, poucos sabem alguma coisa a seu respeito. A grande maioria das pessoas que interrogamos acerca de Alexandre Nunes se limitava a dizer que ele era louco, doente, que construiu uma capela em um terreno que ele próprio havia doado para a formação do patrimônio de Santo Antônio. Outros o têm na conta dos pioneiros, dos primeiros povoadores de Igarapé. Alexandre Nunes era filho de Antônio Nunes Ferreira e Ana Gonçalves Barbosa. Alexandre nasceu em 1874 na Fazenda Boa Vista, onde passou quase toda sua vida. Desde criança Alexandre tinha um mal incurável oriundo de uma sífilis aguda que lhe provocou uma úlcera crônica nas pernas. Essas feridas eram dolorosas e lhe impediram de gozar uma perfeita saúde. No inicio não tinha condições de trabalhar porque o contato com a terra infeccionava ainda mais suas feridas e o seu repouso devia ser absoluto. Além de crônica, sua doença não poderia ser tratada, porque a cicatrização gerava nele uma espécie de loucura, ficava abobado, com idéias extravagantes e sem sentido. No local onde Alexandre residia, havia uma área onde o terreno era lodoso, com barro próprio para a confecção de telhas e tijolos, que eram bastante comerciáveis na época. Certo dia Alexandre começou a fabricar imagens de Santo, chegando a fazer centenas, mas logo veio o desânimo, já que suas obras não interessavam os moradores das fazendas.

Mais tarde, construiu um alambique, empregando a mesma argila utilizada no fabrico de telhas. Eram idéias que iam avante, tendo-se em mente o estado de saúde de Alexandre. Foi aí que surgiu a vontade de se erigir uma capela onde o enfermo implorou melhor saúde através de um milagre de Santo Antônio. Alexandre Nunes encomendou à um velho conhecido como Tripaldi, que residia em São Joaquim de Bicas, uma imagem do Santo em cedro para ser colocado no altar da capela. Alexandre Nunes vendeu à Domingos José Rosa a Fazenda Olaria mais ou menos em 1930, e mudou-se para o povoado onde construiu no terreno que ele doou ao patrimônio de Santo Antônio, pequena casa de residência (hoje igreja de São Vicente), vivendo ali sozinho o resto de seus dias, pois sua esposa já havia falecido e não tiveram filhos. Com o tempo o dinheiro da venda da fazenda foi diminuindo e agora velho, doente, incapaz para o trabalho, acabou sendo socorrido pela própria Conferência Vicentina, a qual pertenceu como confrade. Seus derradeiros dias de vida foram ainda mais penosos. Na virada da vida nem mesmo parente ali estava para consolá-lo e socorrê-lo. Estava extremamente pobre e doente. Restou-lhe apenas uma casinha na Vila Vicentina onde viveu até que um dia foi levado para Belo Horizonte e internado na Santa Casa de Misericórdia. Faleceu pouco depois, pobre e abandonado. Ninguém teve a iniciativa de dar-lhe sepultamento honroso. Aí está o que há de mais importante na vida deste homem simples, humilde e sofredor.


Poder executivo e poder legislativo


Poder executivo: exercido pelo prefeito e vice- prefeito Poder legislativo: exercido pelos vereadores

Intendentes e prefeitos

De 1º de março a 30 de março de 1963 o novo município de Igarapé foi governado por duas intendências. A eleição do prefeito, vice- prefeito e vereadores foi realizado em junho daquele ano e a partir do dia 31 de agosto o município já tinha organizada a sua prefeitura. O primeiro intendente foi doutor Murilo de Oliveira. Tomou posse em primeiro de março de 1963. Seu governo durou muito pouco. Por questões políticas foi obrigado a renunciar o cargo, afastando-se oficialmente em 31 de março de 1963, tendo governado apenas um mês. A rigor, governou somente 21 dias, pois afastou-se tão logo teve conhecimento do incidente político que o levaria fatalmente à perda do mandato.

Segundo intendente Senhor José Teixeira do Prado, tomou posse em 31 de março de 1963 e governou até 31 de agosto de 1963, quando transferiu o governo do município ao primeiro prefeito municipal, Senhor Joaquim Henriques da Silva.

1º mandato Período: de 31/08/63 a 31/01/67 Prefeito : Joaquim Henriques da Silva

2º mandato Período: de 31/01/67 a 31/01/71 Prefeito: Osvaldo Cândido de Queiroz

3º mandato Período: 01/02/71 a 31/01/73 Prefeito: José Gabriel de Resende

4º mandato Período: 31/01/73 a 31/01/77 Prefeito: Osvaldo Cândido de Queiroz

5º mandato Período:31/01/77 a 31/01/83 Prefeito: José Gabriel de Resende

6º mandato Período: 31/01/83 a 31/01/89 Prefeito: Osvaldo Cândido de Queiroz

7º mandato Período: 01/01/89 a 11/01/91 Prefeito: Cristiano Chaves de Oliveira

Observação: o prefeito Cristiano Chaves de Oliveira, faleceu no dia 11 de Janeiro de 1991, em um acidente aéreo, quando voltava de Brasília a serviço do município. (Tentava beneficiar Igarapé com Royalts, nova lei de impostos).

O vice-prefeito, Antônio Carlos Resende, assumiu o cargo de prefeito no dia 14/01/91, permanecendo até o dia 31/12/92, final de seu mandato.

8º mandato Período:01/01/93 a 31/12/96 Prefeito: Arnaldo de Oliveira Chaves OBS. Em 1995 acontece a emancipação de São Joaquim de Bicas

9º mandato Período: 01/01/97 a 31/12/2000 Prefeito: Antônio Chaves de Oliveira

10º mandato Período: 01/01/2001 a 31/12/2004 Prefeito: Osvaldo Cândido de Queiroz

11º mandato Período: 01/01/2005 a 31/12/2008 Prefeito: Antônio Chaves de Oliveira

12º mandato Período: 01/01/2009 a 31/12/2012 Prefeito: José Carlos Gomes Dutra


Geografia


Área: 110,08 km²
Distâncias aproximadas aos principais centros em (Km):
Belo Horizonte: 41,6
Rio de Janeiro: 465
São Paulo: 545
Brasília: 785
Vitória: 570
Rodovia que serve ao município: Igarapé está aliada ao sistema viário de rodovia, que liga a cidade aos principais centros industriais do país pela BR 381, beneficiando assim o seu crescimento.

Localizado na região sudeste da zona metalúrgica, nas proximidades do paralelo 20º sul e 43º oeste, tem como ponto mais alto Pico do Itatiaiucu, a 1434 metros de altitude e como ponto mais baixo a Foz Corrego Gavião a 819 metros de altitude.

O municipio limita-se com os seguintes municipios:

São Joaquim de Bicas, Brumadinho e Itatiaiuçu, ao sul;
Juatuba, ao norte;
Mateus Leme, ao oeste;
São Joaquim de Bicas, ao leste.
Seu clima é Tropical de altitude. Possui uma vegetação predominante de Serrado e relevo Montanhosos.