História - O melhor do bairro de Centro, João Pessoa, PB

            Fundada em 1585, João Pessoa é uma das mais antigas cidades do País e, por isso mesmo, é o retrato vivo do passado nas ruas e praças que remontam às origens da cidade.
          A cidade baixa (centro), a qualquer hora do dia ou da noite, tem sempre atrativos para quem busca na arquitetura dos últimos três séculos o testemunho do processo de desenvolvimento nordestino, além de outros encantos que se traduzem em ancoradouros do rio Sanhauá, casarões antigos, hotéis, igrejas e praças.
          Deslumbram os olhos do turista as tradicionais igrejas, construções antigas e o clima de saudosismo que impera no Centro Histórico. Destacam-se ali as Igrejas de São Pedro Gonçalves, de São Bento (antigo Convento), do Carmo, com o Palácio Arquidiocesano, e a Catedral Metropolitana.

 

CENTRO HISTÓRICO

            É o principal acervo arquitetônico da Paraíba, relatando as diversas fases da história local. É um passeio ideal para quem gosta de arte e de conhecer locais que dizem muito sobre a história local. Não deixe de visitar os monumentos históricos como o Conjunto São Franciscano, entre outros. O adro da Igreja de São Frei Pedro Gonçalves é hoje centro de atividades culturais e artísticas, predominando ali a arquitetura barroca e colonial, onde se sobressai o antigo Hotel Globo, agora transformado em centro de artes. Olhar o pôr do sol da sacada do velho hotel é um verdadeiro encantamento e uma aula de poesia e beleza. Também há a Praça João Pessoa, no centro da cidade, onde se localiza o edifício da Assembléia Legislativa, em arquitetura bem moderna, contrastando com a antiguidade do Palácio da Redenção (Palácio do Governo do Estado) e Tribunal de Justiça. Na praça também está situado o prédio da antiga Faculdade de Direito, local de muitos acontecimentos históricos e políticos, que se destaca pela sua bela arquitetura.
          Sobrados, praças, casarios coloniais e igrejas seculares compõem um dos maiores e mais importantes sítios históricos do Brasil.

 

PARQUE SOLON DE LUCENA (LAGOA)

 

              É um dos recantos mais bonitos da capital, senão a sua mais bela expressão paisagística. Constitui por assim dizer o centro mesmo da cidade, ao lado do Ponto de Cem Réis e de outros logradouros principais. Antigo sítio pertencente ao domínio dos Jesuítas, o local contava, em tempos recuados, com um verdadeiro bosque, mostrando a pujança da Mata Atlântica. As árvores circundavam a lagoa natural ali existente, lagoa esta depois incluída na urbanização geral do parque.
          O conjunto formado pelo pântano, vegetação e lagoa denominava-se Lagoa dos Irerês. Os jardins de hoje têm o traçado original do paisagista Burle Marx, podendo-se ver ainda o bambuzal e exemplares de pau-d’arco e de outras árvores da reserva da Mata Atlântica, além das belas palmeiras imperiais que acompanham o desenho do lago central.
            A Lagoa do Parque Solon de Lucena foi eleita o cartão de visita da cidade e um de seus pontos mais pitorescos para passeio, diversão e lazer.
          Encontra-se nos seus arredores a Primeira Igreja Batista, datando de 1958, o templo atual apresenta um estilo arquitetônico neoclássico de marcante beleza.
           É a porta de entrada para o Centro Histórico da cidade.

 

LARGO DE SÃO FREI PEDRO GONÇALVES

 

            O “Pátio de São Pedro” é o único largo ainda existente com tal designação na cidade. É constituído pelo Convento de São Pedro Gonçalves e a Igreja de São Pedro Gonçalves.

 

HOTEL GLOBO

            Nem sempre o Hotel Globo funcionou naquele local, pois antes, ficava na João Suassuna, num prédio construído em 1912. O atual, no quadrilátero da Praça São Pedro Gonçalves, data de 1928, construído pelo hoteleiro Henriques Siqueira, mais conhecido como “Seu” Marinheiro. Hospedou, entre centenas de figuras ilustres, o futuro presidente João Suassuna, quando este chegou à capital a fim de assumir o governo. Do seu pátio, pode-se observar um dos mais belos pôr-do-sol da cidade.

 

PALACE HOTEL

            Único exemplar da arquitetura veneziana na cidade de João Pessoa, constitui-se em um monumento de beleza singular, sendo um dos referenciais da Capital paraibana. Nos anos de 1930 a 1960, era considerado o “point” da elite paraibana. Além de hospedes anônimos (alta sociedade), o hotel recebia políticos, atletas e artistas da época, quando visitavam a capital. Após um grande apogeu, a falta de clientes obrigou o Paraíba Palace Hotel a fechar as portas.

 

THEATRO SANTA ROZA

          

            Irritado com a forma lenta como pareciam se arrastar os trabalhos de construção do Teatro Santa Cruz (Hoje Santa Roza), agrimensor dos terrenos da Marinha na Província, Vicente Gomes Jardim, escrevia em 1889: “Parece que os ediffícios d’este gennero estão escommungados, pois sempre há má vontade para elles, isto he, aqui na Parahyba”. Com efeito, a construção propriamente dita do atual teatro pessoense iniciou-se em 1873, com o lançamento da pedra fundamental a 2 de agosto, na administração do Presidente Francisco Teixeira de Sá, por autorização da Lei Provincial nº 549. As obras - A cargo da Sociedade Particular Santa Cruz - foram suspensas em 1882, por ter essa entidade exaurido seus recursos.
         Os serviços reiniciaram-se na administração do último governo provincial da Monarquia, Francisco Luiz da Gama Roza (Daí a designação de Teatro Santa Roza). Quando finalmente concluído em 1889, o prédio ficou olhando para o sul, no antigo Campo do Conselheiro Diogo (Atuais Praças Pedro Américo e Aristides Lobo). A inauguração se deu em agosto daquele ano, encenando-se o drama “O Jesuíta - ou O Ladrão da Honra”, peça de Henrique Peixoto. Nesta noite festiva ocorreu um incidente de que resultou a morte do soldado de cavalaria do corpo policial José Mariano.
        Durante muito tempo a casa serviu para exibições cinematográficas - e o teatro da cidade não era para ser onde está hoje: ficaria no prédio depois destinado ao Thesouro Provincial, o que acabou não ocorrendo. Antes de ser construído o atual teatro, o Santa Cruz funcionava num “Teatrinho” da Rua Visconde de Pelotas, diante do antigo Pátio das Merces, olhando para o leste. O Santa Roza é uma das quatro mais antigas casas de espetáculos do País.
        Monumento bastante representativo de nossa arquitetura civil no século passado, tem linhas influenciadas pelo barroco italiano e, entre os materiais de construção empregados para erguê-lo, contam-se pedras calcárias (Para os grossos paredões) e pinho de riga (Camarotes). Possui ainda candelabros, assoalhos, tetos falsos, esquadrias, bonita coberta, etc. Com o advento da República, quiseram-lhe mudar o nome para Teatro do Estado, o que não vingou.