História - O melhor do bairro de Fonseca, Niterói, Niterói, RJ

A HISTÓRIA DO FONSECA

O Fonseca tem mais de 60.000 habitantes, sendo o segundo e um dos mais antigos bairros de Niterói, situando-se em um vale cortado pelo canal do Rio da Vicência.

O bairro Fonseca possui 16.812 domicílios e, desse total, 70,56% são próprios, 24,45% alugados e 4,99% constituem outra forma de ocupação. Cerca de 51,69% dos domicílios correspondem a casas isoladas ou de condomínios, 39,26% a apartamentos e 8,68% são casas em aglomerado subnormal, ou seja, localizadas em áreas favelizadas.

Embora o censo aponte para menos de 10,0% o número de domicílios localizados em favelas, constata-se empiricamente que estes encontram-se em um número mais elevado.


O padrão construtivo é bastante diversificado: podendo-se encontrar desde alguns palacetes que ainda resistem ao tempo à casas geminadas, sobrados, vilas de casas, edifícios, prédios populares e casas de favela, atestando o seu grande contingente populacional, sua história e seu perfil.

O lugar calmo e coberto de vegetação exuberante que existia até o final do século passado, com suas fazendas e aprazíveis chácaras que serviam de endereço para famílias ilustres, gradativamente deu lugar ao Fonseca de hoje.

Historicamente o Fonseca está intimamente ligado a São Lourenço e Santana, daquele se originando. Na Sesmaria de São Lourenço dos Índios, estabeleceram-se "gente de pequenas ou maiores posses", com assistência dos jesuítas e sob às vistas das autoridades régias, em terras obtidas por aforamento aos que as solicitavam, por um preço irrisório. Provavelmente muitas terras foram ocupadas nessa época sem título algum. Desta forma, iniciou-se a ocupação de Niterói, particularmente do bairro do Fonseca, que deve seu nome a José da Fonseca Vasconcellos, um dos grandes fazendeiros de cana-de-açúcar da região.

 

Dois eram os caminhos que ligavam Niterói a Inoã / Maricá e Campos. Passando pelas matas da Paciência, um deles cortava o Fonseca, aproveitando um caminho natural, ao longo do curso do Rio da Vicência. A necessidade permanente de melhoria deste caminho e a intensificação da ocupação do Fonseca, levaram à sua urbanização, com a construção da Alameda São Boaventura e canalização do rio Vicência, passando o bairro também a ser dotado de outros serviços públicos: a 07 de setembro de 1883 foi inaugurada a linha de bondes de tração animal até o final da Alameda; e, a 15 de agosto de 1908, chegam os bondes elétricos.

Horto Botânico

 

No séc. XX, as obras do aterro de São Lourenço, a construção do porto de Niterói (pedra fundamental em 1924), da estação ferroviária (1930) e a abertura de nova avenida (Feliciano Sodré), ligando diretamente a Alameda à rua Visconde do Rio Branco, concorrem ainda mais para o crescimento do Fonseca. Aparecem as mansões; colégios particulares são criados (Brasil e Nossa Senhora das Mercês); loteamentos são lançados, charcos são drenados possibilitando novas edificações; o Horto (e suas escolas superiores) é criado; aparece a Penitenciária; o Grupo Escolar Hilário Ribeiro é instalado; novas ruas são abertas comunicando o bairro com outros bairros; pequenas indústrias começam a funcionar (como a fábrica de tamanco, a fábrica de doces e a fábrica de cimento — todas desativadas); e a "Vila Jardim" é projetada e construída no campo do Ipiranga, ao lado da Alameda, para habitações de trabalhadores.

Muitos estabelecimentos comerciais são instalados ao longo da Alameda e de suas ruas transversais. Chegam os armazéns de secos e molhados, padarias, bares, quitandas e leiterias. Algumas poucas chácaras e sítios que persistiram até décadas mais recentes acabaram dando lugar a casas, vilas de casas ou prédios de apartamentos. Com o crescimento do Fonseca sedimenta-se também o seu perfil de bairro residencial.

Os anos passam e o transporte rodoviário torna-se o mais utilizado.A construção da Ponte Rio-Niterói e a sua ligação direta com a Alameda São Boaventura aumenta o tráfego de veículos e atrai novos moradores, intensificando ainda mais o crescimento do bairro.

A distribuição da população por faixas etárias apresenta certo equilíbrio até os 39 anos, destacando-se pequena concentração entre 25 e 34 anos, o que corresponde a 19,39% da população, caracterizando-a como adulta. Já as faixas etárias acima de 60 anos representam 10,83% da população do bairro. A taxa de alfabetização é de 92,94%, superando a média do município.

O Fonseca tem uma população de 57.534 habitantes, com 16.142 pessoas exercendo a chefia de domicílio. Deste total, 73,96% são do sexo masculino e 26,04% do sexo feminino, podendo este último ser considerado um percentual alto em relação a estrutura familiar tradicional. O rendimento médio mensal dos chefes de domicílio se concentra na classe até 3 salários mínimos, o que corresponde a 43,61%. Os que ganham entre 3 e 10 salários mínimos somam 38,77% do total.

 

Atualmente, ao longo da Alameda ( que tem início no Ponto Cem Réis e término na RJ-104, tendo assim uma extensão de 3,1km) também funcionam agências bancárias, agência do correio, clubes, igrejas, clínicas, escolas, além da Penitenciária Estadual Ferreira Neto, da delegacia policial, do Jardim Botânico Nilo Peçanha (Horto do Fonseca), um quartel da Polícia Militar e o Museu da Eletricidade.