História - O melhor do bairro de Palhoça, Palhoça, SC

História do Município de PALHOÇA

                  No ano de 1651, Dias Velhos chegou a Ilha de Santa Catarina, denominando-a de Desterro. Em 1771, portugueses de São Vicente (São Paulo) fundaram Lages.
Nesse período houve a necessidade de ligação entre as duas localidades, resultando na abertura de uma estrada que ligava Desterro a Lages.
Poucos anos depois, em 1777, a Ilha de Santa Catarina foi invadida por espanhóis. Em decorrência da invasão, o governo decidiu construir duas povoações defronte a capital, na terra firme, como era chamado o continente. O objetivo principal dessas povoações era dar guarita aos desterrenses, além de servir de escudo militar à Ilha no caso de novas invasões. O governo decidiu ainda, povoar o sertão as margens do caminho que ligava a Ilha a Lages.
Da necessidade de criar um refúgio no continente caso houvessem novos ataques a Ilha de Santa Catarina, fez com que em 31 de julho de 1793, o Governador Cel. João Alberto de Miranda Ribeiro enviasse oficio n. 07 ao Conde Rezende, vice-rei do Brasil. No oficio, o Governador incumbe a Caetano Silveira de Matos a construir palhoças para guardar farinha na estrada que ia para Lages. Nesta data, deu-se a fundação do povoado.
No inicio, as tropas de gado que abasteciam a Ilha desciam a estrada de Lages até o Morro do Tomé e de lá vinham margeando a praia até a desembocadura do rio Maruim, onde parte iam para freguesia de São José e parte atravessavam o canal até a localidade de Ribeirão da Ilha.
As tropas margeavam a praia, pois tinham grandes dificuldades para atravessar um trecho de mangue e pântano, hoje parte da rua principal de Palhoça. Além, de não quererem pagar o pedágio estabelecido por São José, no caminho que passava pela localidade de Passa Vinte.
Com o aumento da demanda de alimentos provenientes do continente e a movimentação das tropas, foi construída uma estrada atravessando o pântano. Com o aumento da povoação, após a construção da estrada, a população deslocou-se mais para o sul, estabelecendo-se o centro definitivo de Palhoça, onde é hoje.
Palhoça pertencia a Florianópolis até 1833, quando então passou a pertencer a São José, quando este foi criado.
A primeira igreja de Palhoça foi construída em 1868, mais tarde passou a chamar-se de Nossa Senhora do Parto.
No final do ano do mesmo ano, inicia a construção da Igreja Matriz, com vistas à criação da freguesia. A Matriz se deu por concluída em 1883, sem ainda as torres laterais. Embora houvesse sido construída, não foi logo provida de vigário. A paróquia foi simplesmente criada novamente em 03 de maio de 1901, pela Cúria Diocesana de Florianópolis.
No ano de 1873, Palhoça foi elevada a condição de Distrito Policial. Desde sua fundação, até este período, Palhoça continuou como arraial, sendo esquecida política e administrativamente, apesar do aumento de seus habitantes e do desenvolvimento da economia.
Atendendo ao pedido de moradores, em 1882 a Assembléia Legislativa votou a Lei 949 de 08 de novembro, elevando-a a categoria de freguesia. Em 1886 passa de Distrito Policial a Distrito de Paz. Em 24 de abril de 1894, foi elevada a categoria de Município, por desmembramento de São José, sendo instalado em 23 de maio do mesmo ano.
Em 10 de janeiro de 1906, Palhoça transforma-se em Comarca. Faziam parte os distritos de Palhoça (sede do município e da comarca), Santo Amaro do Cubatão, Enseada de Brito, Teresópolis, São Bonifácio do Capivari, Santa Isabel, Anitápolis, Santa Tereza e Garopaba, que de município transformou em distrito de Palhoça.
Em 22 de agosto de 1919, através da Lei 1245, foi elevada a categoria de cidade.
Em 1922 cedeu os territórios onde hoje estão os municípios de Alfredo Wagner e Ituporanga para juntamente com parte do município de Lages, formar Bom Retiro.
Em 1948, Ituporanga emancipou-se e deu origem aos municípios de Petrolândia e Imbuia em 1962 e, de Atalanta em 1964. Em 1961 Alfredo Wagner torna-se município.
Em 1958, Santo Amaro da Imperatriz emancipou-se de Palhoça e deu origem aos municípios de Águas Mornas e Anitápolis. Em 1961, Garopaba e Paulo Lopes emanciparam-se de Palhoça e, São Bonifácio em 1962. Após essas emancipações, Palhoça ficou com a configuração atual.
Origem do Nome
O nome do município originou-se de casas construídas de pau-a-pique, com cobertura de palha, denominada palhoça, na localidade da atual região sul do bairro da Ponte do Imaruim. Posteriormente outras construções de pescadores localizaram-se ao redor deste núcleo, com as mesmas características.
Povoação
Os primeiros colonizadores a chegarem em Palhoça foram os portugueses, que estabeleceram-se na Enseada de Brito e de lá espalharam-se pelas redondezas.
Após vieram os açorianos e madeirenses, chegando as primeiras famílias na Ilha de Santa Catarina em fevereiro de 1747. O povoamento açoriano-madeirense tem sua origem no edital que D. João V mandou publicar em 1747. O objetivo de D. João V em enviar casais açorianos e madeirenses, era povoar as terras brasileiras e resolver o problema de excesso de população nos arquipélagos dos Açores e Madeira.
Por volta de 1824, iniciou-se a imigração alemã para o Brasil em Santa Izabel, que mais tarde viria a pertencer ao município de Palhoça. As principais causas da imigração alemã na região foram o excesso de população na Alemanha, as guerras constantes e, a propaganda brasileira atraindo colonos com promessa de doação de terras.
Palhoça tem sua formação étnica também de origem italiana. A imigração destes para o Brasil iniciou-se por volta de 1790. Além dos portugueses, alemães e italianos, outras raças contribuíram também para formação étnica do povo palhocense, entre elas negros, libaneses, gregos, japoneses, índios.

Palhoça é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina. Localizado na Grande Florianópolis, faz divisa com São José, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz e Paulo Lopes. É uma cidade que cresceu de forma desordenada e desorganizada, e ainda não possui vários serviços considerados básicos, como hospitais. As tradições são majoritariamente de origem açoriana. É a cidade que mais cresce na Grande Florianópolis.
Palhoça possui ainda um dos maiores mangues da América do Sul.
A principal via de acesso ao vizinho município de São José e à capital (Florianópolis) é a antiga via de acesso que remonta ao século XIX, precariamente calçada com paralelepípedos sobre os quais foi colocada uma camada de asfalto. É através deste acesso que transita 90% do transporte coletivo entre a sede do municipio e a Capital.
Outra via de acesso é a rodovia BR-101 ( Rodovia Pan-americana ), recentemente duplicada em direção ao Norte, até Joinville. É via de passagem de praticamente toda a carga que transita, pela orla litorânea, entre o estado do Rio Grande do Sul e o restante do país.


Território Original - Em 1894, quando se emancipou de São José, o território de Palhoça era de 3.180 quilômetros quadrados. O Município era constituído das seguintes localidades: Palhoça (sede), Santo Amaro do Cubatão, Enseada de Brito, Paulo Lopes, Garopaba, Teresópolis, Capivari, Santa Isabel, São Bonifácio, Rancho Queimado, Águas Mornas e Anitápolis. Depois da perda de território devido a emancipação de várias localidades, o Município de Palhoça atualmente possui apenas uma extensão territorial de 361 quilômetros quadrados, com as seguintes localidades: Palhoça (sede), Enseada de Brito, Ponta do Maruim, São Sebastião, Passa Vinte, Casqueiro, Brejaru, Pedra Branca, Pagará, Terra Fraca, Coloninha, Morro do Gato, Sertão do Aririú, Jaqueira, Rio Grande, Pachecos, Morro do Cedro, Maciambu Grande, Maciambu Pequeno, Fazenda Santa Cruz, Rincão, Morretes, Sertão do Campo, Pinheira, Guarda do Embaú, Albardão, Três Barras e Araçatuba. Fonte: Livro de Claudir Silveira O local sede do Município, por ser uma área de banhados e manguezais, dificultou a sua ocupação pelas atividades agrícolas. Os primeiros povoadores se localizaram nas áreas mais secas, próprias para a agricultura: Passa Vinte, Aririú, Barra. Com a abertura do caminho do planalto, no final do século XVIII, acredita-se que tenha Caetano Silveira de Mattos instalado um pequeno comércio no local. O que fez crescer Palhoça foi sem dúvida o comércio com o planalto, ao longo da segunda metade do século XIX, que atraiu muitos descendentes de alemães e alguns italianos. No ano de 1892, na então freguesia de Palhoça, residiam troncos familiares, etnias com destaque para os luso-açorianos. No entanto, o comércio era bastante equilibrado entre as diferentes etnias. Segundo este documento, fundamental ao entendimento do quadro étnico-cultural de Palhoça no final do século XIX, havia pelo menos morando e sendo eleitores em Palhoça, os troncos familiares constantes da relação que segue: Fonte: Dos Açores ao Brasil Meridional: Uma Viagem ao Tempo, Vilson Francisco de Farias, 2000. Palhoça era uma freguesia próspera, no contexto regional. A elevação à categoria de Município em 1894, incorporando as freguesias de Palhoça, Santo Amaro do Cubatão e Enseada de Brito, faz com que esse período seja conhecido como dos transportes, pois, os núcleos sociais se deslocaram para a estrada Desterro - Lages e passaram a reunir-se em torno das praças com a igreja e o comércio. Desse período sob a influência da arquitetura colonial portuguesa ainda restam em Palhoça algumas construções. Restam também algumas casas na Enseada do Brito, a ponte sobre o rio Maruim construída em 1858. Restam ainda no centro de Palhoça, entre elas o prédio da prefeitura e algumas casas das famílias tradi-cionais. Com a construção da Ponte Hercílio Luz ligando a Ilha ao continente, inicia um período denominado de período da decadência. Prédios de valor histórico e arquitetônico foram demolidos ou desabaram entre eles a antiga Igreja e o Teatro Municipal. No período da retomada do progresso considerado em função da construção da BR-101, houve um aumento considerável de construções, principalmente conjuntos habitacionais.

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Datas Importantes:


1882 – O arraial de Palhoça é elevado de Distrito Policial a categoria de Freguesia.


1894 – Emancipação Municipal – A Freguesia de Palhoça é elevada a condição de Município autônomo, desmembrando-se do Município de São José.


1902 – Aparece o primeiro jornal de Palhoça “O Lidador”, cujo redator chefe era José Olíbio Lopes.


1905 – Inauguração da iluminação pública a querosene dentro do perímetro urbano. Dragagem da barra do rio da Palhoça e do porto do Mercado Público.


1932 – Construção do Grupo Escolar Professor Venceslau Bueno. A cidade passa a ser iluminada à eletricidade.


1937 – Construção do Teatro Municipal, que hoje já não existe mais gestão do Prefeito Juliano Luchi. O cargo de “Superintendente” passou a denominar-se “Prefeito”.


1950 – Construção do Mercado Municipal. Gestão do Prefeito Ivo Silveira. Emancipação do Município de Santo Amaro da Imperatriz.


1962 – Emancipação do Município de Garopaba. Emancipação do Município de Paulo Lopes.


1964 – Inauguração do Colégio Normal Governador Ivo Silveira.


1975 – Criação da Biblioteca Pública Guilherme Wiethorn Filho. Gestão do Prefeito Odílio José de Souza.


1976 – Inauguração do Ginásio de Esportes Senhor Bom Jesus de Nazaré (mais conhecido como “Palhoção”).


1979 – O Presidente da República, João Batista Figueiredo, vem a Santa Catarina e participa de um churrasco realizado no almoxarifado da CELESC em Palhoça.


Fonte: www.palhoca.sc.gov.br/