HISTÓRIA
O Bairro Santo Antônio foi formado a partir da instalação de olarias próximas à várzea do Rio dos Meninos e de um setor residencial na parte alta do bairro. O terreno era argiloso, o que facilitou o surgimento dessas olarias. A extração contínua da várzea resultou no aparecimento de algumas represas (represa dos Parentes, lagoa dos Ferrari), que serviram como opção de lazer e divertimento, ainda mais porque o bairro não tinha outra função além de moradia e trabalho.
A antiga Rua Santo Antônio (atual Avenida Senador Roberto Simonsen), tipicamente comercial, abrigou a capela construída pela família Cavana. A capela Santo Antônio acabou dando nome ao bairro.
Uma das primeiras olarias pertencia a Giuseppe Ferrari, datada do final do século XIX. O empreendimento, perpetuado pelos seus filhos e netos, estendeu-se até a década de 1960. A família Toyoda foi o primeiro grupo de japoneses a instalar-se em São Caetano. Em 1928, montaram a S. Toyada e Companhia Limitada, fábrica de cerâmica e porcelana, que manteve atividades até 1981.
A fábrica da família Trentini, fundada em 1927, ficou conhecida por mais de 30 anos pela produção da bebiba Ferro Cálcio Quina Trentini. Com o crescimento do bairro, as represas foram aterradas e hoje abrigam um importante parque industrial para a economia da cidade. A Dal"Mas S/A Indústria Agro-Química Brasileira foi a primeira a chegar, em 1920.
Até os anos de 1940, não havia igrejas, clubes recreativos e escolas no Bairro Santo Antônio, 
serviços que só eram encontrados nos bairros vizinhos. Em 1954, no aniversário da cidade, o bairro ganhou o Grupo Escolar Bartolomeu Bueno da Silva (Anhangüera) e também o Jardim Primeiro de Maio. O Paço Municipal e a antiga Praça dos Estudantes, contígua ao Jardim Primeiro de Maio, foram importantes espaços cívicos da comunidade. Em 1974, a praça foi remodelada para a ampliação da Avenida Goiás, mas acabou perdendo parte do canteiro e um obelisco de 30 metros de altura.
Atualmente, o Bairro Santo Antônio ainda reflete as transformações urbanas e sociais ocorridas ao longo do tempo, tanto na paisagem, quanto na vida de seus moradores, que chegam a confundi-lo com os bairros vizinhos.
Fonte: Fundação Pró Memória de São Caetanod do Sul (www.fpm.org.br)
