História - O melhor do bairro de Centro, São Luís, MA

História do Bairro Centro

 

 O Bairro da Praia Grande é o bairro mais antigo da cidade, coração do Centro Histórico de São Luís cuja consolidação se deu a partir de 1789, em decorrência da ampliação das atividades portuárias da cidade, no embalo da grande produção de algodão para exportação.
Desse momento em diante, firmas comerciais de grande porte foram se estabelecendo no bairro, para usufruir dos benefícios portuários e a Praia Grande se tornou o centro econômico mais importante da Cidade. Com a estagnação econômica, as firmas comerciais foram desaparecendo e os velhos sobrados que não foram ocupados por órgãos públicos e, progressivamente, se deteriorando, chegando, alguns deles, à completa ruína. A partir do "Projeto Reviver", que restaurou grande parte do bairro, a Praia Grande assumiu uma nova função: área de lazer com espaços para manifestações artístico-culturais. É a região mais visitada da cidade pelos turistas, lugar onde se concentram os monumentos mais antigos construídos em boa parte entre o século XVII, XVIII e XIX, que levou São Luís a ser declarada no ano de 1997 pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade.
Se a Praia Grande foi um dos maiores marcos da história econômica ludovicense, a Madre Deus é a parte do centro de São Luís com maior pólo centralizador da cultura popular. Desde o início do século XX, a Madre de Deus vem se consagrando como palco das manifestações folclóricas e artística da cultura popular maranhense, passando por homens inesquecíveis como Cristóvão Colombo da Silva "Cristóvão Alô Brasil" e tchau da velha guarda, até chegarmos aos três poetas compositores responsáveis pela Companhia Barrica de Teatro de Rua, sendo os artistas atuais de maior representatividade no "Bairro Universidade da Cultura de São Luís", levando mostras de nossa cultura ao mundo, José Pereira Godão, Luís Henrique de Nazaré Bucão e Jeovah França. A Madre Deus, ou mais precisamente o "Largo da Madre de Deus ou o Largo do Caroçudo", era antigamente uma rua cheia de buracos e sem calçamentos. Com a iniciativa do Governo do Estado, tornou-se o protótipo de implantação do Projeto Viva Bairros, mudando totalmente seu visual, harmonizando todo o conjunto arquitetônico de real beleza com grande apelo das manifestações populares, tornando-se o ponto central de um complexo turístico-cultural de grande relevância, sendo o maior foco de atração no período das festas populares de São Luís: Festas juninas e carnaval.
Completa o resumo da história do bairro Centro de São Luís a Rua Grande (Rua Osvaldo Cruz) o logradouro mais extenso da capital do Maranhão, estar localizada entre os Rios Bacanga e Anil, constituindo-se desde as primeiras décadas do século XVIII, o principal elemento demonstrativo do desenvolvimento urbano da capital, fez com que surgissem ao longo de sua extensão, edificações em épocas distintas, de estilos arquitetônicos variados, com soluções que buscavam atender à realidade urbana dos anseios sociais, religiosos, culturais e econômicos do diferentes momentos de sua existência. Nesta importante artéria destacava-se: O cinema Éden; a Mercearia Lusitana, que deu origem ao grupo existente e foi a primeira casa comercial a fazer entregas a domicílios; a Padaria Duas Nações; Lojas Acácias LTDA; a alfaiataria disputada do Sr. Carlos Souza...
A Rua Grande corporificou toda uma época de esplendor e progresso, e hoje faz parte do passado histórico de real importância para os maranhenses.

                   

São Luís

“Situada no arquipélago de ilhas do Golfão Maranhense com mais de 1000 km².
O relevo é ondulado com altitude média de 25m, o ponto mais elevado fica na região do aeroporto. Dois rios dividem a ilha quase em duas, são o Anil e o Bacanga. Na região compreendida entre ambos está o núcleo inicial de povoação da região, a norte e oeste do rio anil ficam os bairros mais modernos e bem equipados da cidade, ao sul do bacanga está o distrito industrial da ilha. Nas zonas centro e norte da região metropolitana estão os grandes bairros populares, quase sempre conjuntos habtacionais, construídos até meados da década de oitenta. Nos extremos norte e leste a ocupação é esparsa são áreas de praias desertas e manguesais fechados. No lado oeste da ilha ficam os bairros mais prósperos, as praias mais frequentadas e melhor infra-estrutura. As avenidas Litorânea e dos Holandeses ligam os bairros da zona oeste entre si e à zona norte onde fica o município de Raposa. A avenida Jerônimo de Albuquerque formou um eixo de expansão para onde foi levado o desenvolvimento urbano da cidade, liga a área do São Francisco - Renascença à Cohab, em suas margens surgiram vários bairros residenciais e estabelecimentos comercias, por exemplo o bairro do Vinhais.
Os outros dois eixos importantes são os formados pela avenida dos Guajajaras ligando a zona sul às zonas oeste e norte, e a estrada de Ribamar, que liga o centro da ilha aos bairros da região norte e às sedes dos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa."

BURNETT, F. L. Da cidade unitária à metrópole fragmentada: crítica à constituição da
São Luís moderna In LIMA, A. J. Cidades Brasileiras: Atores, Processos e Gestão
Pública. Belo Horizonte: Autentica, 2007, p. 173-197.